Objetivo: A região Amazônica, construída a partir do discurso do outro, é em especial a partir dos pós-50 uma região de cunho extrativista, a ser explorada, silvícola; orientados por uma massiva propaganda nacional, homens e mulheres passam a migrar para aquela mata virgem em processo diaspórico, e trazem consigo, para além força de trabalho culturas, modos de vida, de organização social, pessoal e coletiva, aquele “El dorado” passa a ser um lugar inóspito, alvo de lutas pela terra, pela água, pelo trabalho e por tudo o que está subjacente a este, a Amazônia passa a ser fetiche. O ser humano é dotado de uma significativa faculdade simbolizadora em sua vida sociocultural, e para que possamos interpretar os símbolos e as imagens que se configuram nas profundezas do inconsciente coletivo (projeções inconscientes dos arquétipos em interação com as solicitações do meio) propôs uma abrangente classificação taxionômica das imagens do sistema antropológico, criando uma espécie de “atlas” arquetipológico da imaginação humana (DURAND apud GEERTZ. 1989). Construída sob a égide de um imaginário Híbrido e Plural, a Amazônia se forma, se percebe e se conta sob um olhar muito particular e mítico. O mito passa, portanto, a ser norte de ideias, de avaliações e de constructo de modos, sobretudo, nesse processo civilizatório, as narrativas, lendas, cantos, benzas surgem nessa engenharia de conhecimento e descobertas são pontos a serem discutidos, analisados e explanados; é sobre a composição dos mitos que trataremos nesta palestra.
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Foto: Claudia Gomes
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