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Bate-papo sobre As coisas do imaterial: tocadores-fazedores de tambores
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Bate-papo sobre As coisas do imaterial: tocadores-fazedores de tambores

02/dezembro/2021 @ 19:00 - 21:00

Livre

A mesa As coisas do imaterial: tocadores-fazedores de tambores consiste em debate virtual acerca dos saberes e fazeres relativos aos tambores que integram manifestações culturais populares dos estados do Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais e Pará.

Serra (ES), com o Congo Capixaba, Belém (PA), com o Carimbó, São Luís (MA), com o Tambor de Crioula, e Vale do Jequitinhonha (MG), com o Congado, são exemplos da diversidade de ritmos e da presença de variados tambores e sonoridades autóctones do Brasil. Essas celebrações têm o tambor como um dos principais artefatos musicais, objetos artesanais que agenciam relações entre festas e brincantes.

Este projeto tem como intuito realizar mesa de debate com a presença de 4 mestres que detenham as memórias, saberes e fazeres relacionados à execução e construção de tambores em celebrações populares do Brasil que tenham como padroeiro São Benedito, santo ligado à representatividade negra brasileira, e com devoção amplamente difundida pelas Irmandade Negras, organizadoras de festas e celebrações centenárias no Brasil. Serão apresentadas 4 regiões do Brasil, observando festas e expressões de grande relevância nas localidades, com falas dos detentores/portadores relacionados ao tambor.

Mestre Domingos do Congo (ES)

Mestre Domingos do Congo começou confeccionando instrumentos de jongo para a folia de reis, ainda na infância, no município de São Mateus (ES). Pouco tempo depois, quando retornou à Serra, sua cidade natal, ingressou no congo, produzindo casacas (espécie de reco-reco característico do Congo Capixaba). O avô e o pai eram artesãos e produziam artesanato para a folia de reis, para o jongo e o congo. Além do trabalho de músico e artesão, também desenvolve importante papel de disseminação da cultura capixaba, promovendo palestras para diversos públicos, ministra oficinas, realiza trabalho com comunidades quilombolas e apresentações culturais.

Mestre Antônio Bastião (MG)

Morador da comunidade de São Bendito do Capivari, na zona rural de Minas Novas (MG), onde nasceu em 1942, Antônio Luiz de Matos, conhecido como Antônio Bastião, é um famoso mestre tamborzeiro do Vale do Jequitinhonha, referência da cultura popular na região. Desde criança aprendeu a conversar com os passarinhos, flores, árvores, conduzir as abelhas e a compreender todos os bichos da mata. Ele passa longos dias em expedições nas florestas, descobrindo novas ervas medicinais e meditando sobre a vida e o ser humano. Trabalhando como agricultor, junto aos seus oito irmãos e seus pais, aprendeu o ofício da luteria de tambores e caixas de Linha Africana com o avô paterno Artur Luiz Pereira, conhecimento repassado pelo tataravô.

Antônio Bastião fabrica tambores, caixas, caixas tamborins, reco-recos e já realizou diversas oficinas pelo Brasil ensinando o ofício. Seu trabalho é diferenciado por seu cuidado em relação ao meio ambiente, em relação ao momento e aos modos corretos de se retirar a madeira da natureza. Em 2009, Antônio Bastião recebeu o Prêmio de Mestre de Culturas Populares Dona Isabel, do Ministério da Cultura.

Mestre Barrabás Coreiro (MA)

Natural de São João Batista (MA), mas estabelecido em São Luís (MA), iniciou como cantador no Tambor de Crioula. Aprendeu com os tios os ofícios de carpintaria, o que possibilitou, anos depois, a adquirir a habilidade da construção das parelhas de tambor de crioula com o Mestre Negão. Considera que os tambores têm vida, e que cada tambor maranhense tem um sotaque específico.

Mestre Lucas Bragança (PA)

Nascido na Ilha de Marajó e estabelecido em Belém, é Mestre da Cultura popular Tradicional do Carimbó no estado do Pará, membro do comitê gestor de salvaguarda do carimbó e diretor de eventos do GR Sancari.

Bernardo Marques-Baptista (curador e mediador)

Doutorando em História da Arte (PPGHA-UERJ), mestre em Arte e Cultura Contemporânea (PPGARTES-UERJ), especialista em Gestão do Patrimônio Cultural Imaterial (UNC – Argentina) e bacharel em Produção Cultural (UFF). Integra a equipe de pesquisadores do Núcleo de Cultura Popular da UERJ e desenvolve pesquisas sobre os percursos e circulações dos objetos nas culturas populares brasileiras. Atua como curador de projetos de arte que abarcam expressões musicais, saberes e fazeres artesanais, celebrações e religiosidades. Idealizou, coordenou e produziu, em 2021, os projetos Afluentes: o sertão carioca ontem e hoje; Artífices do Som: choro carioca; Bate-bolas: cotidiano e criação; e Salve os Santos Reis.

Venha conhecer ainda mais sobre essa nossa grande riqueza cultural!

Data: 02 de dezembro de 2021

Horário: 19h às 21h

Local: transmissão ao vivo no canal do YouTube

Público-alvo: comunidade em geral

Integrantes: Mestre Domingos do Congo (ES), Mestre Antônio Bastião (MG), Mestre Barrabás Coreiro (MA) e Mestre Lucas Bragança (PA)

Mediação e Curadoria: Bernardo Marques-Baptista – Doutorando em História da Arte (PPGHA-UERJ)

Evento gratuito, com certificado e aberto à comunidade!

Faça sua inscrição pelo telefone (94) 99160.8186

Detalhes

Data:
02/dezembro/2021
Hora:
19:00 - 21:00
Preço:
Livre

Rua Esmeralda, 141
Nova Canaã II
68352-099
Canaã dos Carajás, PA

Funcionamento

Espaço aberto à visitação de segunda a sábado, das 8h às 19h. Acompanhe, também, nossa programação on-line.

 

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